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Lenda: Mosteiro de Ermelo

Foto do escritor: Arcos TourArcos Tour
Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

Era uma vez...

Em tempos remotos, no coração das Astúrias, governava um rei, Ordonho II, pai de uma princesa devota e piedosa, D. Urraca. Esta princesa sonhava com a criação de um lugar sagrado, um mosteiro, onde a oração e a meditação pudessem florescer, rodeado pela beleza da natureza e pela tranquilidade dos vales. Este sonho era a base para uma das lendas mais encantadoras da história portuguesa, a Lenda do Mosteiro de Ermelo.


Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

D. Urraca era uma princesa com um profundo compromisso religioso. Protetora das igrejas e conventos, dedicava a sua vida à divulgação da fé cristã. Certo dia, ao refletir sobre o desejo de servir a Deus, tomou uma decisão importante. Fundar um mosteiro. Queria um lugar isolado, silencioso, onde a vida religiosa pudesse prosperar em harmonia com a natureza. Com a benção de seu pai, o rei Ordonho II, D. Urraca partiu em uma jornada por montes e vales, à procura do local ideal para concretizar seu sonho. A sua procura levou-a até ao Parque Nacional Peneda Gerês, mais precisamente à majestosa Serra de Soajo, onde o silêncio e a paz espiritual pareciam fluir no ar. Uma paisagem imponente, com ribeiros serenos e montanhas que convidavam à reflexão. Lá, D. Urraca encontrou o lugar perfeito para o mosteiro, com tudo o que ela imaginara. Local de terra fértil, com muita água, florestas encantadas e muitos animais selvagens.


Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

Cheia de entusiasmo, D. Urraca correu até a corte de seu pai para contar-lhe sobre o local que escolhera. Ao ouvi-la, o rei Ordonho II ficou em silêncio, pensativo. Quando finalmente lhe perguntou sobre o que poderia ser visto das alturas do lugar, a princesa descreveu um horizonte vasto e grandioso. Para o sul, as torres da Sé de Braga; ao norte, as catedrais de Tuy e Ourense; ao oeste, as praias onde as ondas quebravam ferozmente contra a costa; e a leste, os campos e montes, onde os rebanhos pastavam e os guerreiros cavalgavam. O rei, embora admirado pela grandiosidade da visão, não ficou satisfeito. Ele não queria investir tanto em um projeto tão imenso e vasto. “Minha filha, gostaria muito de satisfazer o teu desejo de servir a Deus”, disse o rei, “mas não posso dedicar metade do meu reino a este mosteiro. O horizonte é demasiado grande. Encontra um local mais contido, um espaço menos vasto”.


Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

Com o coração pesaroso, mas determinada a não abandonar seu projeto, D. Urraca decidiu procurar um novo local próximo do que escolherá. Em vez de construir o mosteiro no topo da serra, onde a paisagem era ampla e imponente, ela optou por um lugar mais discreto. Descobriu um vale profundo e silencioso, quase oculto pela densidade das florestas. Ali, onde o rio sussurrava em segredo e a solidão reinava, D. Urraca mandou edificar o Mosteiro. Este lugar, distante dos olhares curiosos e das grandes vistas, refletia a verdadeira essência do seu desejo: um retiro espiritual, um local para a oração e a contemplação sem distrações. Foi assim que nasceu o Mosteiro de Ermelo, que recebeu seu nome em homenagem à paz e à solidão do ermo onde foi erguido.


Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

O Mosteiro de Ermelo tornou-se um símbolo da fé inabalável e da dedicação de D. Urraca. Embora o rei Ordonho II tivesse inicialmente rejeitado o local grandioso que sua filha escolhera, a princesa seguiu seu coração e construiu um lugar que, ao longo dos séculos, se tornaria um ícone da história religiosa portuguesa. O mosteiro não apenas preservou a memória de sua fundação, mas também simboliza o poder da determinação e da busca pela espiritualidade verdadeira.


Lenda Mosteiro de Ermelo - Arcos de Valdevez - Peneda Gerês

A lenda do Mosteiro de Ermelo ensina-nos que, por vezes, a verdadeira paz e realização não estão nas grandes conquistas ou nos horizontes vastos, mas nos lugares mais simples, discretos e profundos. Como D. Urraca, todos podemos encontrar o nosso próprio “ermelo”, um refúgio onde podemos viver nossa fé e tranquilidade, longe das distrações do mundo.

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