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Batismo da Meia-Noite

  • Foto do escritor: Arcos Tour
    Arcos Tour
  • 9 de dez.
  • 2 min de leitura
Batismo da Meia-Noite

Era uma vez…

No coração do Parque Nacional da Peneda Gerês, entre a Serra do Soajo e a Serra Amarela, no vale profundo rasgado pelo Rio Lima, nasceu uma das tradições mais singulares do Alto Minho, o Batismo da Meia-Noite. Reza a lenda, que quando uma mulher se aproximava dos últimos meses de gravidez, o bebé era batizado ainda no ventre, com água do Rio Lima, exatamente à meia-noite, de forma a porteger a mãe e o bebé.


Batismo da Meia-Noite

Acompanhada pelo marido e pelos familiares mais próximos, a futura mãe descia das aldeias mais agrestes das serras de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, muitas vezes por caminhos perigosos e empedrados, iluminados apenas pela luz de uma candeia, até alcançar as margens do Rio Lima ou uma ponte que o atravessasse. Chegado o momento certo, nem antes, nem depois das doze badaladas, um familiar colocava-se à espera da primeira pessoa que por ali passasse. Essa pessoa era convidada a tornar-se padrinho da criança, naquele ritual urgente e sagrado. Se aceitasse, recolhia água do rio e, com um ramo de oliveira, aspergia o ventre da mulher, traçando uma cruz e pronunciando: “Eu te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” Mas sem dizer “Amém”, pois esse encerramento final pertencia apenas ao padre, no batismo oficial, já depois do nascimento. No entanto, ATENÇÃO, se um cão ou um gato atravessasse o caminho, o ritual era cancelado, pois acreditava-se que “não era bom”, e o batismo teria de ser adiado para outra noite.


Batismo da Meia-Noite

Mito ou Realidade?

Ao contrário de muitas lendas populares do Alto Minho, como a Lenda do Acompanhamento claramente pertencente ao imaginário sobrenatural, o Batismo da Meia-Noite era um ritual comum entre o séc. XVIII e séc. XX nas comunidades do Alto Lima.


Qual a origem deste ritual?

Este ritual terá sido originado por duas principais causas:

  • Origem prática: Numa primeira instância, os primeiros episódios desde ritual virificaram-se devido à alta mortalida infantil da época, em que, pela ausência de cuidados médicos, sem parteiras formadas e com longas distâncias até às paróquias, as mães recorriam àquilo que tinham ao seu alcance: a fé.

  • Origem folclorica: Já numa segunda fase, o ritual pode ter adquirido uma dimensão social e folclórica, deixando de ser apenas uma prática de urgência para se transformar num padrão comunitário, tal como sucede com tantos rituais tradicionais, desde casamentos a romarias.


Batismo da Meia-Noite

Porque é que o batismo se realizava à meia-noite?

Apesar de não existir uma razão concreta, a realização do batismo à meia-noite teria várias possiveis razões:

  • Padrão católico: Numa altura em que a igreja tinha poder, a realização de quaisquer cerimonias fora do padrão católico, podia ser visto como bruxaria, desordem, insubordinação, etc..., posto isto era realizado à noite para que ninguem soubesse.

  • O que ninguem sabe ninguem estraga: O ritual era realizado durante a noite de forrma a evitar o mau olhado e o julgamento dos que não lhes queriam bem.

  • A passagem: Desde tempos imemorias, que as doze badaladas (meia-noite) tem uma forte energia mistica, sendo a transição entre o dias, e até anos, onde se acreditava que as preces eram mais fortes e o gesto mais puro.


Atividades:

Buggy • 3.5h

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195

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75

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Buggy • Sunset • 2h

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Buggy • 2h

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Buggy �• 0.5h

Buggy • 0.5h

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Quad • 2h

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99

Voucher • Buggy

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